O terrorismo é a principal ameaça à Olimpíada de Pequim em 2008, disseram autoridades chinesas segundo reportagem que circulou na terça-feira, ecoando as preocupações do chefe da Interpol.
A notícia não identifica grupos que poderiam agir, mas há na China várias minorias descontentes, como os muçulmanos uigures de Xinjiang (extremo oeste), a quem Pequim atribui vários atentados nos últimos anos.
"Embora a situação geral de segurança para a Olimpíada de Pequim continue estável, ainda enfrentamos os desafios do terrorismo, do separatismo e do extremismo," disse o ministro de Segurança Pública, Zhou Yongkang, segundo o jornal China Daily.
"O terrorismo, em particular, representa a maior ameaça", afirmou ele durante uma conferência de segurança, segundo o diário.
"Segundo o que é publicado pela mídia, centenas de milhares de atletas, autoridades de alto escalão, celebridades, jornalistas e turistas planejam vir a Pequim em agosto do ano que vem para participar, relatar e desfrutar dessa Olimpíada", disse Noble aos delegados da conferência, segundo a transcrição feita pela Interpol.
"Bilhões de pessoas vão assistir aos Jogos pela TV e acompanhar as reportagens a respeito do evento. A combinação desses elementos transforma a Olimpíada um alvo teoricamente de primeira linha para a Al Qaeda e outros grupos terroristas."
Conflitos regionais e "étnicos" mundo afora podem respingar nos Jogos, "e alguns grupos terroristas ou extremistas internacionais podem usar o evento para lançar ataques para seus próprios fins", acrescentou o vice-ministro de Segurança Liu Jing.
"Os Jogos Olímpicos são uma reunião feliz de pessoas de todos os países, mas também um grande alvo para o terrorismo", disse Liu.
Segundo o China Daily, o vice-ministro lembrou ainda que algumas entidades e indivíduos tentam politizar os Jogos e interferir em assuntos internos da China, enquanto outros têm planos para perturbar a viagem da tocha olímpica.
A rota da tocha - que já provocou polêmica quando Taiwan rejeitou fazer parte do percurso - deve ser vigiada ao longo dos 130 dias de deslocamento, segundo Liu. A China considera Taiwan parte do seu território, apesar de a ilha ter governo próprio, ideologicamente contrário a Pequim, há mais de 50 anos.
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