Cristiano Cipriano Pombo
Da Folhapress
O taekwondo brasileiro decide neste fim de semana, em Cali (Colômbia), se estará presente ou não na Olimpíada de Pequim.
Se no tatame a pressão será grande, já que a seletiva olímpica das Américas marca a última chance para figurar nos Jogos de 2008, fora dele a modalidade enfrenta um racha entre atletas e a CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo).
Enquanto Diogo Silva (até
Após falhar na seletiva mundial na Inglaterra, em outubro, o país se mostra otimista. "O Brasil tem boas chances de voltar com pelo menos três vagas. Vamos ver", afirma Yong Min Kim, presidente da CBTKD, que cortou o salário de 11 dos 16 atletas da seleção. "Não falo das questões financeiras. Isso é com o diretor da área."
O vice-presidente técnico, Marcelino Barros, deixou o cargo há 38 dias sob alegação de não poder "participar ou colaborar com a falta de ética no esporte", e a confederação é acusada de, após o Pan e sem aviso prévio, deixar os atletas sem salário (R$ 600/mês) que vigoraria, por contrato, até este mês.
"Cortaram tudo e nos deixaram na mão. Deram aumento aos medalhistas do Pan, Diogo, Natália, Marcelo [Wenceslau] e Leonardo dos Santos, e cortaram os demais", critica o lutador Carlos Izidoro, que diz que, após o Pan, quando se lesionou, foi abandonado pela CBTKD.
O diretor financeiro da entidade, Valdemir José de Medeiros, alega que os salários foram cortados "temporariamente". "Foi feito um remanejamento. Para dar aumento a nossos atletas, tive que pegar dos outros salários. Agora, se conseguirmos as vagas, a verba aumentará e faremos o acerto."
Os atletas, porém, não receberam os salários de outubro, novembro e dezembro. Até o treinador coreano Pam Sun Chun, considerado um dos melhores do mundo, está sem receber salário desde o Pan.
Segundo Medeiros, todos foram avisados do corte. Os atletas contestam e, segundo a lutadora Valdirene Ferreira, irão entrar na Justiça para receber.
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