Um alto funcionário de Pequim defendeu, nesta quarta-feira, a política de demolições para embelezar a capital para a Olimpíada do ano que vem. A informação é da agência Ansa.
"Quando fazemos as demolições, observamos estreitamente a lei", afirmou o funcionário Sang Xiaowei, em um evento organizado pelo Bocog, o Comitê Organizador dos Jogos.
"Nós reforçamos quatro slogans: demolir segundo a lei, fazê-lo de modo civil, fazê-lo amigavelmente e assegurar a transparência", disse Xiaowei.
Milhares de famílias foram expulsas este ano do Central Business District (CBD), o novo bairro supermoderno em construção no centro de Pequim, projetado para a realização da Olimpíada.
A obra mais importante no interior do CBD é o novo quartel general da televisão estatal, CCTV, uma construção futurista projetada pelo arquiteto holandês Rem Koohlaas.
Segundo o Centro para o Direito à Moradia de Genebra, mais de 1,5 milhão de pessoas foram obrigadas a se mudar devido às construções ligadas aos Jogos.
Os cidadãos retirados reclamam que as indenizações oferecidas pelo governo municipal não são suficientes para a compra de casas no mesmo valor daquelas que foram obrigadas a deixar.
Xiaowei afirmou que apenas no CBD estão em construção 31 novos projetos que ocupam uma superfície de cinco milhões de metros quadrados. A Olimpíada de Pequim acontece entre os dias 8 e 24 de agosto do próximo ano.
Redação Terra
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