Ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Diogo Silva terá que adiar o sonho de disputar sua segunda Olimpíada. Sem conseguir classificar sua categoria (até 68 kg), o atleta ficou de fora dos Jogos de Pequim, em agosto, e não receberá ajuda de custo da Confederação Brasileira de Taekwondo durante todo o ano olímpico. Se a decisão da entidade for mantida, o paulista pretende acionar a Justiça Desportiva, ainda em fevereiro.
No dia 12 de fevereiro, ele desembarca no Rio de Janeiro para se juntar aos demais atletas da equipe brasileira e até o dia 19 espera chegar a um acordo com a confederação. Caso a decisão de cortar a ajuda de custo seja mantida, Diogo Silva pretende entrar na Justiça Desportiva para receber o benefício.
Após conquistar a primeira medalha de ouro nos jogos continentais, o atleta pediu mais apoio e incentivo ao esporte. Como resposta, recebeu um aumento na ajuda de custo, que passou de R$ 600 para R$ 3.000 mensais, no período de agosto a dezembro de 2007.
Com o fim do contrato, o principal atleta brasileiro da modalidade ficará sem recursos até o fim deste ano, já que a confederação decidiu não pagar a ajuda de custo dos 16 atletas beneficiados para priorizar os gastos com o Campeonato Pan-Americano de Taekwondo, que será realizado em setembro, em Porto Rico.
"Com a verba [R$ 450 mil por ano, referentes à Lei Piva] não dá pára fazer tudo. Priorizamos o Pan-Americano, para não chegar em cima da hora e os atletas terem que correr atrás de patrocínio para custear os gastos da viagem", afirmou Valdemir Medeiros, diretor financeiro da Confederação Brasileira de Taekwondo, que definiu como meta o pagamento de passagens, hospedagem e alimentação no torneio continental.
"Não podemos perder um ano inteiro por causa da Olimpíada. Eles não sabem gerenciar o dinheiro, acontece isso. O atleta não tem que passar por este tipo de situação", reclama Diogo Silva, que ficou de fora dos Jogos de Pequim ao perder para o peruano Peter Lopez na seletiva olímpica, disputada em dezembro na Colômbia.
Segundo Medeiros, cada titular receberá mensalmente R$ 1.500, enquanto os reservas têm direito a R$ 1.000. Viagens e preparação também serão custeadas pelo comitê, junto com o Ministério do Esporte.
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